Comunidades da Terra do Meio (PA) e empresas fortalecem cadeia de valor na Amazônia
Durante a II Semana do Extrativismo da Terra do Meio (PA),
realizada na Resex do Rio Iriri, empresas como a Mercur e a Wickbold
pactuaram acordos de compra de toda a borracha e castanha produzida nas
próximas safras
Fonte: Leticia Leite/ISA
O extrativismo surge como uma forma eficiente e sofisticada para que
a floresta sobreviva à pressão de madeireiros e da pecuária ilegal. Os
produtos da Terra do Meio são extraídos de regiões isoladas. Cerca de
300 famílias que vivem como esta comunidade na foto, chamada Morro do
Anfrísio, estão espalhadas em três Reservas Extrativistas (Resex), com
1,5 milhões de hectares de floresta protegidos no Pará, distantes até
400 km de rio do centro urbano de Altamira|Fotos: Marcelo Salazar-ISA
Representantes
da empresa Mercur, maior transformadora brasileira de borracha e
Wickbold, segunda marca do país no setor de pães industrializados
pactuaram acordos de compra da produção de toda a borracha e castanha
disponível nas próximas safras das Resex da região da Terra do Meio
(PA). Os termos foram definidos durante a II Semana do Extrativismo da
Terra do Meio, em 17 e 18 de maio, no centro da Reserva Extrativista do
Iriri, sul do Pará.
Além dos parceiros comerciais, gestores das Unidades de Conservação e
representantes dos governos municipal, estadual e federal e
organizações atuantes na região também participaram do evento.
As três Reservas Extrativistas da Terra do Meio foram criadas entre
2004 e 2008 e estão consolidando uma cadeia de valor na região. O
próximo passo vai depender, mais uma vez, de políticas de incentivo
adequadas para populações que vivem a uma distância que pode chegar a 10
dias de barco do próximo centro urbano, que é Altamira, com quem
dividem os serviços públicos já sobrecarregados com a chegada da usina
Belo Monte, em construção desde 2011.
Seja o primeiro a comentar
Postar um comentário